Polícia prende operadores do CV e do PCC em ação contra fornecimento de armas e drogas para o tráfico

Foram presos Ana Lúcia Ferreira, que foi mulher de um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), e Gustavo Miranda de Jesus, braço direito de Fhillip da...

Polícia prende operadores do CV e do PCC em ação contra fornecimento de armas e drogas para o tráfico
Polícia prende operadores do CV e do PCC em ação contra fornecimento de armas e drogas para o tráfico (Foto: Reprodução)

Foram presos Ana Lúcia Ferreira, que foi mulher de um dos chefes do Primeiro Comando da Capital (PCC), e Gustavo Miranda de Jesus, braço direito de Fhillip da Silva Gregório, o Professor, fornecedor do Comando Vermelho morto há 1 mês. Polícia prende operadores do CV e do PCC em ação contra fornecimento de armas e drogas para o tráfico A Polícia Civil do RJ prendeu um homem e uma mulher apontados como operadores das maiores facções criminosas do país. Eles eram alvos da Operação Bella Ciao, da Delegacia de Combate a Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), contra o abastecimento de armas e drogas para traficantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) e do Comando Vermelho (CV). Para os investigadores, trata-se de um “consórcio” de organizações criminosas voltado para municiar o Complexo do Alemão, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Presos: Ana Lúcia Ferreira: ex-mulher de Elton Leonel da Silva, o Galã, um dos chefes do PCC e por anos o principal fornecedor de drogas e armas na América Latina. Ana ainda teve um filho com outro integrante da facção. Ela foi presa nesta quarta-feira (2) em Taubaté (SP); Gustavo Miranda de Jesus: braço direito e operador financeiro de Fhillip da Silva Gregório, o Professor, morto com um tiro na cabeça há 1 mês e até então o maior fornecedor do CV. Gustavo foi preso nesta quinta (3) na Pavuna, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Um terceiro suspeito, Luiz Eduardo Grego, o "Cocão", está foragido. Ele é apontado como operador logístico do grupo. Segundo a Polícia Civil, ele estaria sendo treinado por Lúcia para substituí-la na negociação com fornecedores. Ana Lúcia Ferreira e Gustavo Miranda de Jesus Reprodução/TV Globo 📸Clique aqui e siga o perfil do Bom Dia Rio no Instagram! ✅Siga o canal do g1 Rio no WhatsApp e receba as notícias do Grande Rio direto no seu celular. Conexões O delegado Vinícius Miranda, titular da Delegacia de Combate ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, explicou que a investigação começou há mais de um ano, com foco inicial em Professor. A partir da análise financeira e patrimonial, os agentes chegaram a Gustavo, que movimentou mais de R$ 250 milhões em nome da facção. Ele era responsável por lavar dinheiro da facção com empresas de fachada e eventos como bailes funk. Um dos estabelecimentos seria um mercadinho que, segundo a polícia, praticamente não tinha atividade comercial. “Gustavo usava a própria família para movimentar os valores. Numa operação anterior, os pais e a irmã dele já tinham sido presos por emprestar contas bancárias para essas transações”, afirmou Miranda. Já Ana Lúcia é apontada como peça-chave na articulação entre o Comando Vermelho e o Primeiro Comando da Capital. Ana tem histórico de envolvimento com líderes do PCC e usava seus contatos na fronteira com o Paraguai, em Ponta Porã (MS), para intermediar o tráfico de armas e drogas para as organizações. “A Ana tem uma ligação direta com o ‘Professor’. Ela traz para o Rio o conhecimento que já tinha da região de fronteira. É uma articuladora que atua tanto para o Comando Vermelho quanto para o PCC”, afirmou o delegado. “A diretriz foi para observar a situação macro do crime organizado com relação ao seu abastecimento. Detínhamos o conhecimento de que o matuto [fornecedor] de maior expoente no RJ era Fhillip da Silva Gregório, o Professor”, explicou o delegado assistente Pedro Cassundé. “A investigação buscou estancar o fluxo de fora para dentro do estado por meio da identificação e captura da interface entre fornecedores e o Fhillip, a matuta Ana Lúcia Ferreira, a Ana Paraguaya”, emendou Cassundé.

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